Adolescência e comportamentos de risco

A adolescência é um tempo de crescimento e desenvolvimento de uma progressiva maturidade a vários níveis. Um dos temas centrais é a forma como se vivem estas mudanças, crises, transições tão presentes nesta faixa etária em particular. Muitas vezes é um período de confusão, felicidade e tristeza, dúvidas e certezas que não se limitam apenas ao jovem, como também à família, escola e amigos. A procura de identidade, maior autonomia e mudanças (biológicas, cognitivas e emocionais), por vezes levam o adolescente a procurar novas sensações e experiências sem os limites estabelecidos pelos progenitores. Podem servir para:

·         Ganhar a aceitação e respeito dos colegas

·         Demonstrar rejeição pelas normas e valores convencionais

·         Lidar com a ansiedade e frustração

·         Moldar a sua própria identidade

·         Ganhar autonomia junto da pais

Muitas vezes podem-se considerar normativos e saudáveis para o adolescente no seu processo de crescimento.

Quando é que se pode considerar uma ameaça à saúde e bem-estar do jovem?

Os comportamentos de risco são potencialmente perigosos quando levam a alienação do jovem. Isto é, quando se traduzem numa alteração significativa do comportamento, com impacto direto em si e nos contextos em que se insere.

O que fazer…?

A comunicação entre pais e filhos é fulcral, dado que permite o respeito e afirmação da individualidade, como também permite a expressão de dúvidas, sentimentos e dificuldades de uma forma mais clara. O comportamento de risco, tal como referido, serve um propósito para a vida do jovem, que deve ser devidamente compreendido, procurando a colaboração de todos os intervenientes para uma resolução eficaz e duradoura. Se estes fatores do processo de crescimento estiverem a ser difíceis de gerir, quer por parte dos pais ou por parte do(a) jovem, a orientação psicológica pode auxiliar a mediar /orientar  os conflitos e melhorar a comunicação e a aplicação de regras e limites adequadas, segundo as diretrizes de uma parentalidade mais positiva e consciente.